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Em defesa de memorial, Davi Said Aidar é promovido a professor titular

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Por Sebastião de Oliveira

Equipe Ascom Ufam 

O pós-doutor em Genética Molecular, professor Davi Said Aidar defendeu memorial acadêmico na última sexta-feira, 14, e foi promovido a classe de professor titular da Universidade Federal do Amazonas (Ufam). A atividade acadêmica ocorrida no Bloco 1, sala 17 da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA), localizada no setor Sul do Campus Universitário.

A Comissão Especial de Avaliação estava composta pelos professores titulares Nabor da Silveira Pio (Ufam), como presidente e membros: Joaquim dos Santos e Hiroshi Noda, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) e Elizabeth Brochy da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

A defesa 

Nascido em Rio Verde, estado de Goiás (GO), passou toda sua infância, naquela cidade goiana, mas teve que mudar com toda a família para Sorocaba (SP), em que deu continuidade na sua formação intelectual. Com um espírito lapidado pela consciência ambiental, sempre esteve em contato com a terra, com os animais, com os vegetais, o que fez desenvolver uma sensibilidade à pesquisa mais avançada. Durante seu pós-doutorado na Universidade de São Paulo (USP), recebeu convite para trabalhar no INPA, e durante sua permanência em Manaus, teve a oportunidade de ingressar na Ufam, em 2002.

A partir daí, o pesquisador envereda sua experiência acadêmica nas atividades de extensão, desenvolvendo práticas de campo nos rincões amazônicos, permitindo com que o homem da terra conhecesse novas tecnologias, melhorando suas atividades diárias numa perspectiva de preservação e conservação com atividades sustentáveis. Davi Aidar pensa que o caboclo traz todo um conhecimento tradicional que, em muitos casos, segundo ele, o pesquisador acaba absorvendo seu modus vivendi, a partir de uma dialógica de experiências. Para ele: “Vale a pena levar novas tecnologias aos comunitários, sendo que o homem da terra já tem uma tecnologia milenar que precisa ser melhorada, mas respeitando seus usos e costumes. Então, quando a gente vai fazer extensão, temos que ter um julgamento crítico quanto às ações que serão desenvolvidas”, comentou o docente.              

Sua carreira acadêmica é marcada pela pesquisa com as abelhas o que rendeu a publicação de trabalhos voltados para criação e manejo. As publicações “Coleta de ninhos de Jataí”, “A mandaçaia”, “Meliponicultura” tiveram várias edições, permitiu assim, notoriedade nesse viés da pesquisa cientifica. Como coordenador do Laboratório de Abelhas, Davi Aidar encontra na Fazenda Experimental da Ufam, o local para desenvolver seus experimentos com alunos tanto da graduação como da pós-graduação.  Além disso, essa prática pedagógica se estendeu ao Campus de Parintins, município distante a 372 quilômetros de capital amazonense, o qual encontrou o apoio necessário na atual gestão, tendo a frente o reitor, professor Sylvio Puga.

Ele acredita que a atividade acadêmica de defesa de memorial é salutar, pois permiti com seus pares conhecem melhor o profissional que apresenta um resumo de vida acadêmica, no que tange as atividades pedagógicas como ensino, pesquisa e extensão. “É uma oportunidade de conhecer a fundo os colegas, assim como, solidificar a transposição a professor titular”, completou o docente que disse que apresentação é uma forma de consolidar a promoção para o referido cargo.

Abelha na cadeia alimentar  

As abelhas silvestres são responsáveis cerca de 80% dos alimentos que a humanidade consome no planeta. Nesse cenário, ele particulariza a polinização das árvores nativas da Amazônia, como fator importante para sobrevivência de nossa espécie,  isso faz com que gere sementes férteis, a partir da polinização realizada pelas abelhas. Segundo ele, sem a presença delas, as espécies nativas não conseguirão perpetuar a descendência das espécies, o qual acarretará no futuro obscuro da Amazônia, como a desertificação da Amazônia. Nessa perspectiva, o docente explica que, em razão disso, os animais não terão frutos para se alimentar e, conseqüente, o homem não poderá produzir alimentos, pois é ele o grande responsável pelas queimadas e sua ocupação.  

Solução viável

Quanto a temática sobre queimadas na Amazônia, o docente disse que tem uma opinião formada. “O Brasil já tem áreas desmatadas suficientes que podem, a partir de tecnologias aumentar a produção agropecuária na mesma área existente. Não precisamos desmatar um metro a mais. Então a questão do desmatamento, o comercio de madeira, a expansão da agropecuária, eu a condeno. Eu acredito que podemos potencializar as áreas que estão improdutivas e melhorar a produção nessas áreas”, explica o professor que finaliza que “essa é uma solução mais racional para melhorar essas áreas degradas e melhorar a produção de nosso estado”.   

      

Sobre o professor

O professor Davi Said Aidar tem graduação em Zootecnia pela Fundação Universidade Estadual de Maringá-FUEM (1988), mestrado em Entomologia pela Universidade Federal de Viçosa-UFV (1995), doutorado em Entomologia pela Universidade de São Paulo-USP (1999) e pós-doutorado em Genética Molecular, também pela USP (2000).

Atualmente, ele é docente Associado IV e possui experiência na área de genética de abelhas e animais domésticos, com trabalhos em comunidades rurais no estado, onde atua nos temas de zootecnia, meliponicultura, apicultura, multiplicação e preservação de abelhas silvestres.

A agricultura familiar sustentável e ecologicamente correta é a principal meta dos trabalhos. Dezenas de cursos de capacitação na área agropecuária ocorrem anualmente no Amazonas, com apoio da Ufam, Idam, Sepror, FUNAI, Fapeam e Prefeituras municipais do Estado, levando tecnologia e conhecimento ao Homem do campo.

 

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