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Estudantes indígenas realizam ritual por ‘Uma Ufam mais indígena’ nesta quinta-feira, 27

Publicado: Quarta, 26 de Outubro de 2022, 15h55 | Última atualização em Quinta, 03 de Novembro de 2022, 09h01 | Acessos: 907

Por Sebastião de Oliveira

Equipe Ascom 

Com objetivo de visibilizar a presença indígena na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o Colegiado Indígena do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) realiza nesta quinta-feira, 27, às 9h, no Hall do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), ritual de acolhimento entre os indígenas que estudam na Universidade, denominado ‘Uma Ufam mais indígena’.     

De acordo com o doutorando e representante do Colegiado Indígena do PPGAS, Jaime Diakara, a atividade reproduz o ritual de acolhimento com os mesmos procedimentos realizados em uma maloca original. Para tanto, participarão, além dos estudantes indígenas (graduação e pós-graduação), convidados, professores e alunos que farão a composição do evento.

Segundo Diakara, benzimento com tabaco, entrega de colar tradicional no pescoço como forma de proteção, aplicação de grafismo corporal com símbolos do povo Tukano e defumação com resina de Breu para estimular a expansão da consciência, assim como o equilíbrio e concentração serão as atividades desenvolvidas durante a performance antropológica.

Na ocasião, será oferecido o chá de Epadu, no sentido de estabelecer contatos ritualísticos quando será repassado ao discente do Programa, Dagoberto Lima Azevedo, da etnia Tukano, que defenderá a tese ‘Pátu: ʉ´mʉ kʉ oãʉ´pʉri/Pátu: pó da memória e conhecimento do Tukano’, considerado o primeiro Indígena a defender tese escrita integralmente na Língua Patrilinear Tukano. A sessão de defesa ocorrerá na sexta-feira, dia 28, às 14h, no Centro de Medicina do Indígena Baserikowi’í, na Rua Bernardo Ramos, nº 97, no Centro.

“A partir da concepção do corpo cosmológico, investido a partir do chá do Epadú, o rito segue com danças Kariçú, quando possibilitará maior consciência do ser no Universo”, comentou Diakara.

No segundo momento, o evento segue com um Círculo de Conversa Indígena, a partir da tese de Dagoberto Lima Azevedo.     

Para o Gilton Mendes dos Santos, coordenador do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (Neai/Ufam), a Universidade está aberta ao conhecimento tradicional da Amazônia Indígena, que vem ocupando cada vez mais espaços na Academia, possibilitando assim uma prática de eventos tradicionais, o que viabiliza a presença de indígenas em nosso cotidiano.       

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