Ufam passa a integrar Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biofábricas
A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) passa a integrar, a partir de dezembro de 2025, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Biofábricas (INCT Biofábricas), iniciativa voltada ao desenvolvimento, escalonamento e aplicação de bioprodutos por meio da criação de biofábricas. A proposta está alinhada aos conceitos de biorrefinaria e economia circular, com foco em soluções sustentáveis e inovação tecnológica.
O INCT Biofábricas é coordenado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e reúne universidades, centros de pesquisa, associações e empresas de diferentes regiões do país, com o objetivo de impulsionar o avanço científico e tecnológico no setor de biotecnologia. A Ufam será representada no Instituto pelos professores Leiliane Souza e Anderson Pereira, do curso de Engenharia de Alimentos. Segundo a docente Leiliane Souza, a participação da Universidade tem como principal objetivo fortalecer a rede de pesquisa e estimular o desenvolvimento de novos bioprocessos e bioprodutos.
“A expectativa é gerar resultados aplicáveis ao mercado, criar mecanismos de interação entre pesquisadores, empresas e poder público e ampliar o acesso ao conhecimento técnico especializado”, destaca. O INCT Biofábricas busca gerar impactos positivos tanto para a indústria quanto para as cooperativas, além de pequenas e médias empresas.
Com recursos aprovados que somam aproximadamente R$ 13 milhões, o projeto envolve cerca de 45 pesquisadores de dez instituições, que atuam em atividades de pesquisa, extensão e formação de recursos humanos. Entre as ações previstas está a implantação de uma unidade dedicada à produção de biomoléculas em escala ampliada, com a finalidade de consolidar e transferir tecnologias para o setor produtivo.
A docente da Ufam, professora Leiliane Souza, lembrou ainda que a inserção da Universidade no INCT Biofábricas também deve contribuir para o fortalecimento da bioindustrialização no estado do Amazonas, ampliando oportunidades para o desenvolvimento regional sustentável. “Ao longo dos próximos anos, o grupo planeja desenvolver novos processos e produtos, além de promover workshops, capacitações e publicações científicas. A geração de novos negócios está entre as metas do Instituto, incluindo iniciativas voltadas ao surgimento de startups vinculadas às pesquisas realizadas”, enfatiza.
O INCT Biofábricas conta ainda com a colaboração de pesquisadores de instituições nacionais e estrangeiras, além do apoio de redes temáticas, associações e empresas que atuam nas áreas de biotecnologia e inovação, reforçando o caráter multidisciplinar e cooperativo do projeto.
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