Afirma SUS é lançado durante a abertura Circuito Amazônico de Extensão
Na tarde da última quarta-feira, 10 de dezembro, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio da Pró-Reitoria de Extensão (Proext), realizou a abertura do Circuito Amazônico de Extensão edição Manaus. O evento aconteceu no Centro de Ciências do Ambiente (CCA) e encerra um conjunto de atividades da Proext que aconteceram em Humaitá, Benjamin Constant, Parintins, Coari e Itacoatiara.
Todas as Unidades Acadêmicas de Manaus participam do Circuito apresentando as suas ações de extensão. Ao todo, 198 trabalhos serão apresentados, evidenciando a diversidade de práticas, saberes e impactos sociais produzidos pela Ufam. Os trabalhos inscritos concorrem ao Prêmio Mérito Extensionista da Ufam em reconhecimento às melhores práticas de Extensão Universitária. As categorias são: docente e discente. Serão 12 professores premiados com bonificação de R$500,00 reais na categoria docente e 13 acadêmicos premiados com R$200,00 reais na categoria discente.
De acordo com a pró-reitora de Extensão da Ufam, professora Flávia Melo, todas as unidades acadêmicas da Ufam participaram do Circuito Amazônico de Extensão. “Reconhecemos o imenso esforço que foi feito para garantir a participação de todas as unidades acadêmicas, especialmente as unidades fora da sede, em eventos anteriores ao realizado na capital. Agradeço também aos comitês das Unidades que tornaram possível essa mobilização e isso nos lembra como este processo deve ser construído, pois nossa universidade pública deve permanecer gratuita e acessível a todos”, relembrou a pró-reitora. A gestora agradeceu também ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que forneceu os recursos que tornaram possível estes encontros.
Abertura
Estiveram presentes na mesa de abertura do Circuito Amazônico de Extensão representantes da Pró-Reitoria de Extensão (Proext), professora Flávia Melo; Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesp), professora Dominique Fernandes de Moura do Carmo; da Pró-Reitoria de Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica, professora Maria Angélica de Almeida Corrêa; Pró-reitoria de Assistência Estudantil, professora Sandra Helena; Pró-Reitoria de Ensino e Graduação, professora Camila Silva.
As 198 ações de extensão inscritas no Circuito Amazônico de Extensão, edição Manaus, estão distribuídas em oito grandes áreas do conhecimento. O destaque numérico fica para a área de Ciências da Saúde, que lidera com 67 ações, refletindo a forte atuação da Ufam em iniciativas de promoção da saúde, prevenção, atenção comunitária, práticas esportivas e educação em saúde. Em seguida, estão as Ciências Sociais, com 43 projetos, mostrando a relevância das ações voltadas para cidadania, sustentabilidade, comunicação, educação ambiental e desenvolvimento local.
As áreas de Linguística, Letras e Artes (17 ações) e Engenharias (16 ações) também apresentam participação expressiva, demonstrando a amplitude das ações que perpassam a formação cultural, inovação, tecnologias acessíveis e práticas aplicadas de engenharia. As Ciências Humanas somam 25 iniciativas voltadas para o papel da Universidade na formação crítica, educomunicação, direitos humanos e processos educativos. Já as Ciências Biológicas reúnem 13 ações, enquanto as Ciências Agrárias contabilizam 8 atividades, ambas com forte presença em temas de biodiversidade, sustentabilidade e produção comunitária.
Lançamento do Afirma SUS
A primeira mesa do Circuito Amazônico de Extensão em Manaus foi o lançamento do Afirma SUS. A Ufam obteve a aprovação de três projetos no Edital de Chamamento Público n. 13/2025, referente à primeira edição do Programa Nacional de Apoio à Permanência, Diversidade e Visibilidade para Discentes na Área da Saúde (AfirmaSUS). As iniciativas foram construídas em diálogo com o Departamento de Políticas Afirmativas da Pró-Reitoria de Extensão (DPA/Proext), reunindo equipes de trabalho vinculadas aos campi de Manaus, Coari e Parintins.
Os três projetos aprovados são: 1) em Manaus, “Territórios Vivos: Caminhos de Permanência e Equidade na Amazônia Urbana”; 2) em Coari: AfirmaSUS Amazônia: Laboratório Vivo de Saúde e Comunicação no Médio Solimões”; e 3) em Parintins, “Territórios Vivos: Caminhos de Permanência e Equidade no Baixo Amazonas”. As propostas respeitam as diferentes realidades territoriais e socioculturais de cada um dos territórios alcançados.
De acordo com a coordenadora de Parintins, professora Fernanda Priscila Alves da Silva, é uma equipe de 10 estudantes indígenas, quilombolas, negros e negras de diversos cursos. “Esses estudantes vão nos ajudar a construir um diagnóstico da realidade lá embaixo, no Amazonas. Quando pensamos em inclusão e ações afirmativas, precisamos dialogar com as brasileiras, com as mulheres, com os homens, com a cultura do nosso território e com o corpo desse compartilhamento com vocês”, destacou a professora.
A discente Fernanda Praia Santos, de Medicina e participante do projeto “Territórios Vivos: Caminhos de Permanência e Equidade na Amazônia Urbana”, é PcD. “Eu sou uma pessoa autista e não foi fácil estar onde eu estou. Nós não tínhamos esse diálogo sobre pessoas neuro divergentes e isso é muito importante porque impacta muito no nosso rendimento na Faculdade e como a gente vai olhar o espaço que vivemos. Fico muito feliz de a nossa equipe ser composta por muitos estudantes, porque não entendemos a Medicina como algo isolado e sim multidisciplinar”, finalizou.
O AfirmaSUS é uma iniciativa voltada ao fortalecimento da permanência estudantil de grupos historicamente vulnerabilizados, promovendo ações integradas de ensino, pesquisa, extensão e cultura que articulam universidade, serviços de saúde e comunidades. Ele é promovido pela Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS) e contempla, nesta primeira seleção, projetos submetidos por entidades localizadas na Amazônia Legal.
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