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Pesquisa de iniciação científica da Ufam recebe prêmio inédito de primeiro lugar no Congresso Brasileiro de Polímeros

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"Avaliação morfológica e espectroscopia de fibras eletrofiadas com aloe vera e oleoresina de copaíba", este é o título da pesquisa de iniciação científica que conquistou o primeiro lugar na categoria graduação no Congresso Brasileiro de Polímeros, um feito inédito para a região Norte. De autoria do estudante de Engenharia de Materiais, da Faculdade de Tecnologia (FT), Guilherme da Cunha Belem, a pesquisa buscou avaliar a incorporação de bioativos na copaíba visando a aplicação como biomaterial. O resultado foi divulgado no fim de outubro na cerimônia de encerramento do evento no Campos do Jordão Convention Center.

Com apenas 21 anos, Guilherme desenvolveu seu trabalho de IC entre 2024 e 2025 e soube do concurso por meio do seu orientador, o professor Andrey Marcos Pinho da Silva. “Receber o prêmio do 18° Congresso Brasileiro de Polímeros é uma experiência gratificante pois simboliza o valor da pesquisa científica e o impacto que o conhecimento pode gerar quando é feito com propósito. É uma honra ver meu trabalho reconhecido em um evento tão importante, o que me incentiva ainda mais a continuar explorando novas ideias e contribuindo para o avanço na área”, diz o estudante do 7º período. “Ver um projeto que nasceu no laboratório ganhar destaque em um congresso reforça a minha confiança e me inspira a continuar na pesquisa. A iniciação científica foi fundamental para despertar essa vontade. Agora, pretendo seguir para o mestrado e, futuramente, continuar me especializando na área”, planeja. 

A pesquisa da região Norte

De acordo com o professor Andrey Marcos da Silva, a conquista reforça a crescente relevância da pesquisa em materiais inovadores na Amazônia e demonstra o talento dos jovens pesquisadores que vêm contribuindo para o avanço da ciência nacional. “O grande diferencial do trabalho do Guilherme foi a combinação entre rigor científico, inovação tecnológica e profundo domínio experimental. Ele conseguiu integrar dois bioativos amazônicos: óleo de copaíba e aloe vera em uma matriz de nanofibras com propriedades funcionais relevantes para aplicações biomédicas, algo ainda pouco explorado na literatura. A maturidade técnica apresentada na caracterização físico-química, morfológica e biológica das nanofibras evidenciou não apenas a boa execução experimental, mas também a capacidade dele de compreender o contexto translacional da pesquisa. Além disso, o Guilherme demonstrou autonomia, curiosidade científica e compromisso com cada etapa do projeto, o que elevou significativamente a qualidade final do trabalho e certamente contribuiu para a premiação”, comenta o orientador.

“Esse resultado demonstra que a pesquisa realizada na Amazônia tem nível de excelência e capacidade de competir com qualquer centro científico do país. O Pibic 2024/2025 mostrou que projetos feitos com infraestrutura enxuta, mas com criatividade, metodologia sólida e valorização dos recursos naturais da região, podem gerar impacto nacional. É uma evidência clara de que formar pesquisadores no Norte,  especialmente trabalhando com biopolímeros, biomateriais e ativos amazônicos não é apenas relevante academicamente, mas estratégico para o desenvolvimento científico, econômico e social da região”, salientou o professor Andrey. “Essa vitória tem um significado profundo. Ser o primeiro trabalho da região Norte a conquistar o primeiro lugar no Congresso Brasileiro de Polímeros representa muito mais do que um prêmio individual, é um marco para toda a nossa comunidade científica. Mostra que a pesquisa feita na Amazônia, com recursos regionais e desafios próprios, não só acompanha, mas também lidera avanços em ciência de materiais e biomateriais no país”, completou.

A pesquisa 

Bolsista de iniciação científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam), Guilherme afirma que sempre teve curiosidade pela área de pesquisa, principalmente por temas relacionados a biomateriais. “Durante a graduação, percebi que queria aprofundar meus conhecimentos além do que era visto em sala de aula. Foi então que procurei um professor da área e me candidatei para um projeto de iniciação científica”, revela. “O tema surgiu da combinação das minhas duas áreas: Engenharia de Materiais e meu interesse pela área da saúde. Eu sempre tive interesse em materiais com potencial biomédico, e a copaíba e o aloe vera já possuem histórico terapêutico importante, principalmente na Amazônia. Assim, estudar a combinação desses sistemas permitiu unir inovação, ciência e valorização de recursos naturais da região”, lembra.

Segundo o autor, a pesquisa foi estruturada em etapas. Primeiro, foram desenvolvidas as soluções poliméricas contendo o polímero, aloe vera e diferentes concentrações de óleo de copaíba. Depois foram realizadas técnicas de caracterização. “Cada etapa foi importante para compreender como os bioativos influenciavam a estrutura e o desempenho das membranas eletrofiadas”, disse. “Obtivemos resultados bem positivos. Observamos melhorias em propriedades químicas e morfológicas do material. As análises mostraram que o material obtido tem potencial para aplicações biomédicas futuras”, expôs.

 

 

 

 

 

 

 

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