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Em Parintins, Ufam dá início ao Circuito Amazônico de Extensão com o tema “Conexões entre Ciência, Cultura e Sustentabilidade”

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A programação no Icsez segue até esta quarta-feira, 12, com mais uma oficina e uma reunião para tratar de curricularização. Os banners também permanecem em exposição até o fim do evento

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No Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (Icsez/Ufam), teve início o Circuito Amazônico de Extensão. Em Parintins, a abertura ocorreu na segunda-feira, 10, no auditório do Icsez, reunindo docentes, discentes e comunitários para a partilha de experiências extensionistas da Unidade. Lá, programação segue até quarta-feira, 12, com exposição de banners e também oficinas sobre a divulgação de projetos e a curricularização da extensão, processo que já está em andamento.

Em solo parintinense, a mesa de abertura foi composta pela diretora do Instituto, professora Fernanda da Silva; pelo coordenador do Comitê de Extensão do Icsez (Comexi), professor Noédson Machado; e pela diretora do Departamento de Programas e Projetos de Extensão Universitária da Proext, professora Lisandra Rosas. De caráter multicampi, o evento itinerante foi planejado a partir das propostas dos comitês em cada Unidade, metodologia que conferiu autonomia e protagonismo aos extensionistas locais para elaborarem suas pautas conforme a realidade do lugar e a vocação acadêmico-científica do Instituto.

Todavia, o planejamento geral do Circuito propôs dar ênfase aos impactos sociais, culturais, científicos e tecnológicos das ações realizadas em cada município e no entorno, de programas a ações curriculares de extensão (ACEs), abarcando as sete modalidades de projetos institucionalizados na Proext. “Tivemos a ideia de trazer extensionistas de áreas diferentes para poder pensar o quanto que nós temos desafios distintos, embora muitas questões sejam comuns a todos. Eu acredito que as pessoas que já estão fazendo extensão há tanto tempo, que sabem como fazer, são as mais habilitadas a compartilhar essa experiência conosco”, ressaltou a diretora do Icsez ao abrir os trabalhos, professora Fernanda da Silva.

Representante da Proext e titular do DProex, a professora Lisandra Rosas destacou a oportunidade de dialogar sobre extensão de forma mais próxima, nas unidades acadêmicas fora da Sede onde esses trabalhos acontecem junto às comunidades. “Estamos muito contentes com o formato do Circuito, porque a Proext consegue estar mais perto dos extensionistas – docentes, discentes e comunitários – aqui nas unidades”, pontou a gestora do DProex.

“Eu estou absolutamente encantada com os resultados do Icsez, desde o comprometimento do Comexi, que elaborou uma programação excelente, até os resultados dos projetos apresentados na mesa-redonda e na exposição de banners”, completou a professora Lisandra Rosas. Além de articular a pauta com os organizadores do Instituto, ela também ficou responsável por duas atividades durante o Circuito: o “Diálogo Comexi”, uma reunião com o Comitê local, ocorrida no dia 10 de novembro para falar sobre o trabalho do Departamento gerido por ela; e um encontro para tratar do tema “Curricularização da Extensão”, marcado para esta quarta-feira, 12.

Responsável por articular as expectativas da Proext e a comunidade extensionista da Ufam no Instituto, o professor Noédson Machado comemorou a adesão ao Circuito por professores e estudantes da Unidade. “Nós somos a Unidade da Ufam que mais desenvolve ações de extensão. E isso não é proporcionalmente não, mas sim em termos absolutos”, enfatizou em sua fala o coordenador do Comexi local. Segundo o último relatório elaborado pela Proext, relativo ao ano de 2024, o Icsez somou mais de uma centena de projetos de extensão, com ações em todas as modalidades ofertadas.

“Para essa mostra de banners, temos mais de 40 expositores participando”, apontou o docente. Os banners, que seguem expostos no hall principal da Unidade, em frente ao auditório, estão sendo avaliados nesta terça-feira, 11, nos turnos matutino e vespertino.

Exemplos de sobra

Não é comum ouvir de um docente que a extensão é o carro-chefe das suas atividades acadêmico-científicas. E isso se deve à cultura enraizada no ambiente acadêmico de atribuir, ainda hoje, uma ênfase maior às atividades de ensino e pesquisa. Coordenadora do Amazonas Leite: Produzindo leite com sustentabilidade, o primeiro programa registrado no interior do estado pela Ufam, em 2013, a professora Soraya Freitas disse que a prioridade dela, desde quando ingressou como docente, é sim para a extensão.

Ela foi a primeira a falar na mesa-redonda “Experiências e desafios da extensão no Icsez”, cuja mediação ficou a cargo da professora Sandra Damasceno. “A própria extensão se aproxima do conceito de comunicação, como uma práxis, uma atividade dialógica, já defendia Paulo Freire”, lembrou a coordenadora do Amazonas Leite. “Os programas institucionais são a maior pérola da extensão, pois eles fomentam a autonomia e o protagonismo, e têm a vantagem de ser uma modalidade fixa. Nós, do Amazonas Leite, criamos um regimento interno para amarrar a seleção e acompanhamento dos seis bolsistas, e para definir nossas linhas de atuação. Um dos requisitos para participar é o coeficiente de rendimento, e nós exigimos a alta performance acadêmica”, frisou. “A Universidade precisa trabalhar na tétrade ensino-pesquisa-extensão-inovação, mas a extensão deve ser a base, porque nós conseguimos modular as nossas pesquisas pelo que a sociedade demanda”, argumentou a professora Soraya Freitas.

Coordenadora do programa Parintins N’Ativa, a professora Mariana Andrade é uma cria da extensão universitária e enfatizou a relevância desse eixo para formar egressos com os diferenciais exigidos de cada profissão e um elevado nível de empregabilidade. “Os nossos extensionistas estão entre aqueles que se engajam mais no mercado de trabalho. É quando você sai da zona de conforto e vai verificar se a teoria dialoga com o cotidiano social”, disse ela.

O Parintins N’Ativa é um programa nascido no Icsez, mas a Unidade também abriga polos de dois outros que já funcionavam em Manaus e que envolvem docentes e discentes do Instituto da Ufam no Baixo Amazonas: o Proamde e o Prodagin. Nesse nicho, são desenvolvidas ações como Projeto esporte e Cidadania (PEC) e o Circuito de Atividades Inclusivas (CAI), e uma série de outras atividades, inclusive em parceria com secretarias do município e os próprios comunitários. “Nosso grupo de de estudos tem representantes de todos os sete cursos do Icsez, cada um dentro das suas especificidades e atuando em temas transversais”, reforçou a professora Mariana Andrade, ao citar ainda projetos como Acolhida N’Ativa, CT-Icsez e Movimente-se, entre outros.

A mesa-redonda foi encerrada com a exposição do coordenador do Núcleo de Estudo, Pesquisa e Extensão Trabalho, Saúde e Serviço Social (Neptrass), professor Gladson Rosas Hauradou. Com uma intervenção firme, logo de saída o gestor extensionista questionou: “Que extensão é essa da qual estamos falando? É aquela que vai ficar no campo da retórica, evidenciando a necessidade de ser extensionista... Ou seria uma extensão que dialoga, de fato, com as demandas da sociedade? [...] A sociedade nos interpela para contribuir com o projeto formativo capaz de mobilizar e ajudar a construir políticas públicas”.

O Neptrass atua em várias frentes, desde projetos mais pontuais àqueles com potencial de dialogar com problemas de alcance nacional, passando por iniciativas como a Revista Mutações, cujo escopo é promover uma comunicação científica interdisciplinar. “Lidamos com os direitos sociais que demandam a concretização de políticas públicas, com intervenção estatal em setores como saúde, educação, trabalho. E utilizamos as ações extensionistas de fluxo contínuo como estratégias de ensino”, afirmou o docente. “O Comitê Popular de Prevenção e Enfrentamento às Iniquidades em Saúde no Pós-covid em Parintins é uma pesquisa-ação realizada nas comunidades e favelas urbana [...] e nós conseguimos desenvolver esse trabalho em articulação com o grupo de pesquisa”, destacou o professor Hauradou, do rol de atividades realizadas pelo Núcleo.

 

A programação do Circuito Amazônico de Extensão em Parintins segue até esta quarta-feira, 12, com mais uma oficina e uma reunião para tratar de curricularização. Os banners também ficarão em exposição até o fim do evento. As demais unidades da Ufam também realizam atividades do Circuito neste mês de novembro. Confira:

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