Ufam convida comunidade acadêmica para a 34ª edição do Conic
Você observou que 2025 tem sido o ano de destaque para a pesquisa científica brasileira? Tivemos a pesquisa que possibilitou que um tetraplégico voltasse a andar, também o desenvolvimento de uma substância capaz de identificar com rapidez adulteração em bebidas, como a presença de metanol, por exemplo. Existem muitos outros. E sabe o que essas pesquisas têm em comum? Todas foram desenvolvidas em universidades públicas, como a Ufam. Mas para chegar a esse nível de desenvolvimento, todos esses pesquisadores deram o primeiro passo na carreira acadêmica. Para muitos deles, a porta de entrada para se tornar um cientista foi a iniciação científica.
Eles estão na graduação, muitos nem chegaram aos 20 anos, mas já respondem por um bom número de pesquisas realizadas no Brasil, são os estudantes participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). Na Ufam, foram mais de 1.500 graduandos que encontraram na pesquisa científica formas de questionar e entender o mundo que os cerca. Para reconhecer a iniciativa e o trabalho desses estudantes, a Ufam promove a 34ª edição do Congresso de Iniciação Científica (Conic).
Os participantes do Conic são estudantes de graduação dos diferentes cursos da Universidade e de todos os campi, selecionados no edital do Pibic, que concluíram suas pesquisas no período devido. Em relação ao edital de 2024-2025, 1.244 discentes trabalharam com o suporte das bolsas de financiamento (560 discentes receberam bolsas da Ufam, 244 são bolsistas do CNPq e 440 da Fapeam), além destes, outros 339 atuaram como voluntários. Por isso, a edição do Conic de 2025 terá 1.583 trabalhos sendo apresentados à comunidade da Ufam na capital e no interior. “Esses jovens pesquisadores representam a força da ciência produzida na Amazônia, contribuindo para o avanço do conhecimento e para a formação de uma nova geração de cientistas comprometidos com o desenvolvimento regional”, afirmou a diretora do Departamento de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação da Ufam (Propesp), professora Dominique do Carmo. “O evento reafirma o papel da Ufam como protagonista na construção do conhecimento e na valorização da pesquisa como instrumento de transformação social e ambiental na Amazônia”, acrescentou.
Em 2025, o Conic traz como tema “Ciência na Amazônia: integrando saberes, inovação e sustentabilidade”, destacando a importância da integração entre diferentes campos do conhecimento e o papel da pesquisa científica na construção de soluções inovadoras e sustentáveis para a região amazônica e para o país. “Durante o evento, teremos a apresentação de palestras, teremos o momento cultural, as apresentações de banners no Centro de Convivência, teremos diversas salas de apresentação oral dos trabalhos, tudo isso tem sido organizado pela Propesp e pelos comitês. Cada unidade tem o seu comitê do Pibic, eles são responsáveis por fazer a seleção dos trabalhos, a avaliação dos relatórios dos alunos, e também a seleção para apresentação oral ou apresentação em banner. E, no final, no dia 5, teremos a palestra final e a premiação dos melhores trabalhos”, revelou a pró-reitora da Propesp, professora Adriana Malheiro.
Conic nos Campi
Nos dias 13 e 14 de novembro, os institutos da Ufam em Itacoatiara, Coari, Parintins e Humaitá realizam o Conic local, com 120, 89, 87 e 123 apresentações respectivamente. Já o Instituto de Natureza e Cultura (INC), em Benjamin Constant, fará a sua edição nos dias 18 e 19 de novembro. Serão apresentados 64 trabalhos de iniciação científica, totalizando 483 pesquisas realizadas em todos os campi. “Em cada uma dessas unidades, haverá uma programação diversificada, com palestras, mesas-redondas e atividades científicas riquíssimas, que refletem o compromisso institucional com a integração entre ensino, pesquisa e extensão. A Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação participará das solenidades de abertura com palestras que reforçam a importância da ciência e da inovação como pilares da formação universitária”, informou a professora Dominique.
De acordo com a diretora do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia (Icet/Itacoatiara), professora Nayana Teles, a participação dos estudantes no Pibic e no Conic oferece a oportunidade de vivenciar a prática da pesquisa acadêmica em todas as suas etapas, estimulando o pensamento crítico, a autonomia intelectual e a formação de competências fundamentais para a vida acadêmica e profissional. "O Conic representa um dos mais significativos espaços de socialização do conhecimento produzido no âmbito da universidade, que ganha especial destaque nas Unidades Fora da Sede, pela possibilidade de compartilhar saberes com pesquisadores experientes de outras Unidades. Constitui-se como um momento de culminância das atividades de pesquisa desenvolvidas por estudantes de graduação, promovendo o diálogo entre diferentes áreas do saber e fortalecendo a cultura científica institucional”, disse.
Conic na Capital
Em Manaus, o Conic será realizado nos dias 03, 04 e 05 de dezembro, com 1.100 pesquisas a serem apresentadas. De acordo com a organização, a edição terá uma ampla programação que inclui palestras, mesas-redondas, oficinas e apresentações de trabalhos dos discentes de Iniciação Científica, além de um momento cultural especialmente preparado para celebrar o encerramento do evento. A programação detalhada será divulgada em breve nos canais oficiais da Universidade. “O último dia do congresso será marcado por um momento especial de reconhecimento, com a premiação dos 23 alunos dos campi do interior, acompanhados dos coordenadores dos comitês locais. Em Manaus, também haverá a premiação dos estudantes que se destacarem nas modalidades pôster, apresentação oral e melhores projetos, reforçando o incentivo à excelência científica. Para encerrar o evento com chave de ouro, haverá uma apresentação especial da Escola de Samba Grande Família, celebrando a cultura e a alegria que marcam o espírito da comunidade acadêmica da Ufam”, informa a professora Dominique do Carmo. “O sucesso e a continuidade do Conic são possíveis graças ao apoio dos órgãos de fomento Fapeam, CNPq, Capes e à própria Ufam, que, por meio de seus programas de incentivo à pesquisa, tornam viável a formação de novos talentos científicos e o fortalecimento da produção acadêmica na região”, declarou.
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