Seletor idioma

Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Notícias > Aquilombamento de Formação Antirracista fortalece o ensino das culturas afroindígenas em Parintins
Início do conteúdo da página

Aquilombamento de Formação Antirracista fortalece o ensino das culturas afroindígenas em Parintins

Acessos: 51

Em parceria com o Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia da Universidade Federal do Amazonas (ICSEZ/Ufam), a Escola Afro-Amazônica e o Instituto Cultural Ajuri realizam, desde o dia 27 de setembro, o Aquilombamento de Formação Antirracista da Escola Afro-Amazônica. A iniciativa tem como propósito promover o letramento racial de futuros professores, estudantes dos cursos de licenciatura, contribuindo para a construção de práticas pedagógicas comprometidas com a diversidade étnico-racial e cultural da região.

O projeto é idealizado pelos professores Ivanilce Castro (Artes Visuais), Patrícia Trindade, Diogo Nascimento e Jasson Jacaúna (Educação Física), e busca fortalecer o ensino das culturas afroindígenas nas escolas públicas de Parintins, valorizando as identidades e os saberes amazônicos na formação docente.

Sobre os Encontros

O 1º Encontro, realizado em 27 de setembro, foi marcado por um momento de profunda troca de experiências. Durante a atividade, foram socializadas produções desenvolvidas pela Escola Afro-Amazônica desde 2021, entre elas obras literárias, videoaulas e uma proposta metodológica voltada ao ensino das temáticas indígenas, negras e afro-brasileiras. Esses materiais constituem ferramentas pedagógicas potentes para o cumprimento das Leis nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008.

O 2º Encontro, realizado em 4 de outubro, teve como eixo temático o mulherismo africana, filosofia política de organização de mulheres negras, distinta do feminismo negro e do feminismo ocidental. A programação incluiu a exibição do filme Negra Parintins e um debate sobre gênero e a condição feminina, que provocaram reflexões fundamentais acerca do papel da educação na luta contra o racismo, o machismo e a homofobia. O encontro foi encerrado com a dinâmica da teia, formando mocambos simbólicos de resistência, seguida por uma roda de batuques afro-amazônicos, com destaque para o batuque de gambá e a dança do jacundá, manifestações que reafirmam a força da ancestralidade e o corpo como território de memória e luta.

O 3º Encontro, realizado em 10 de outubro, destacou-se pela exibição e discussão do curta Wake Sése: história, cultura e resistência do povo Sateré-Mawé. O debate ampliou o diálogo sobre identidade e pertencimento na Amazônia, com continuidade às reflexões sobre gênero. O ponto alto da vivência foi a confecção de bonecas abayomis, customizadas com sensibilidade e criatividade pelos(as) estudantes dos cursos de Licenciatura em Educação Física e Artes Visuais. 

De acordo com a professora Patrícia Trindade, o Aquilombamento de Formação Antirracista segue até o final do mês de outubro, com novos encontros que continuarão a inspirar, fortalecer e transformar práticas pedagógicas na Amazônia Negra. “As atividades representaram um momento de profunda conexão entre ancestralidade, arte e corporeidade voltados para uma formação antirracista, plural e comprometida com os saberes tradicionais”, finalizou a professora.

registrado em: ,
Fim do conteúdo da página