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Carta de Belém, com participação da Ufam, propõe soluções concretas para crise climática e COP30

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A Carta de Belém, resultado do esforço conjunto das principais redes de pesquisa em sociobiodiversidade e clima da Amazônia, foi lançada na última sexta-feira, dia 26 de setembro. O documento, que contou com a participação de pesquisadores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), foi construído no 1º Encontro de Redes Amazônicas de Pesquisa em SocioBiodiversidade e Clima (Conexões Amazônicas: Ciência em Rede para a COP30), realizado em Belém (PA) entre 22 e 26 de setembro de 2025.

A Carta de Belém reafirma, de forma incisiva, que "sem a Amazônia, nenhuma ação contra essas mudanças será efetiva". O documento, que além de uma síntese técnica pode ser considerado um chamado político, reúne contribuições de universidades, institutos de pesquisa e de ensino, comunidades locais e parceiros internacionais, visando a subsidiar a implementação da NDC brasileira (Contribuição Nacionalmente Determinada) e transformar compromissos em políticas públicas sustentáveis para a região.

A Carta de Belém apresenta propostas concretas estruturadas em cinco eixos temáticos essenciais para enfrentar a crise climática a partir da realidade amazônica:

Gestão Sustentável de Recursos: monitoramento de longo prazo e integrado de florestas, águas e biodiversidade, utilizando tanto tecnologias inovadoras quanto a abordagem participativa dos povos e comunidades tradicionais.

Transformação Agrícola e Sociobioeconomia: apoio com pesquisa e desenvolvimento para fortalecer as cadeias de valor sustentáveis da sociobioeconomia amazônica como produtos não-madeireiros, biojoias e óleos essenciais e incentivo a práticas produtivas de baixo impacto.

Resiliência de Cidades e Territórios: formulação de estratégias comunitárias de adaptação às mudanças climáticas e fomento a municípios para a elaboração de seus Planos Municipais sobre Mudança do Clima, integrando ciência, gestão e sociedade.

Justiça Socioambiental e Protagonismo dos Povos: reconhecimento e combate ao racismo ambiental e estrutural, assegurando que as políticas públicas priorizem povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e populações periféricas urbanas, que historicamente sofrem de forma desproporcional os impactos climáticos.

Democratização do Conhecimento e Comunicação Científica: criação de linhas de financiamento específicas para comunicação da ciência e engajamento social, garantindo que os resultados das pesquisas sejam comunicados em linguagem acessível e simples para tomadores de decisão e sociedade civil.

O diretor do Centro de Ciências do Ambiente, professor André Mendonça, considera que a atuação da Ufam na Carta de Belém posiciona a instituiçaõ de forma mais política, permitindo influência direta em proposições e organizações de ideias. “O evento foi uma excelente oportunidade para fazer networking e buscar parcerias estratégicas para a pesquisa na Ufam. Por exemplo, já surgiu a ideia de um projeto coletivo focado na produção de dados para as cidades amazônicas”, finaliza.

 Leia a íntegra da Carta de Belém aqui.

 

 

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