Reitora participa do Encontro Nacional de Estudantes Indígenas
A reitora da Ufam, professora Tanara Lauschner, participou na manhã de quinta-feira, 7, da 12ª edição do Encontro Nacional de Estudantes Indígenas (ENEI), realizada pela primeira vez em Manaus desde o dia 5 de agosto. O evento, que reúne cerca de mil estudantes indígenas de todo o Brasil, ocorre até esta sexta-feira, 8, no Centro de Convenções Vasco Vasques, e tem o objetivo de debater o tema "Justiça Climática e Direitos Humanos: as Ciências Indígenas como rede de troca para o equilíbrio humano no mundo terrestre".
O evento é promovido pelo Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam); Fórum de Educação Escolar e Saúde Indígena (Foreeia) e pela Articulação dos povos e articulações indígenas do Amazonas (Apiam). O Enei contou com mais de 290 trabalhos de estudantes indígenas de todo o país e promoveu o debate entre indígenas inseridos na Educação Superior.
Em seu pronunciamento aos estudantes, a reitora parabenizou a realização do Encontro no Amazonas e destacou as ações desenvolvidas pela Ufam voltadas para para a comunidade indígena. “Eu fico muito feliz de estar aqui, de que vocês estejam aqui fazendo esse evento, de que a Universidade Federal do Amazonas pôde fazer a sua parte no apoio, na realização desse evento. Gostaria de dizer o quanto é importante, para a Universidade, inserir e conseguir fomentar uma maior participação das pessoas indígenas na nossa Universidade”, disse. “Nós, dessa nova gestão da Universidade Federal do Amazonas, temos uma indígena na nossa gestão, mas a gente não quer apenas isso; queremos a participação cada vez maior dessa Universidade, que é feita para o povo do Amazonas. É mais do que justo que a gente tenha cada vez mais o ingresso de estudantes indígenas na nossa Instituição. Não apenas o ingresso, porque a gente vai trabalhar com o vestibular indígena, para ter o campus em São Gabriel da Cachoeira, um campus que vai ser praticamente todo indígena. Estamos colocando todos os nossos esforços nisso”, completou.
O Enei foi organizado em torno de quatro grandes áreas: História, Memória e Identidade; Saúde, Educação e Políticas Linguísticas; Movimento Indígena e Territorialidade; Diversidade, Gênero e Sexualidade. Entre os principais assuntos debatidos, estão:
Revitalização de línguas indígenas, educação escolar e formação de professores; questões urgentes como mudanças climáticas; garimpo ilegal; agropecuária e a luta pela demarcação de terras, o papel das mulheres indígenas, questões de gênero e sexualidade, além da valorização dos saberes ancestrais e da produção de conhecimento por estudantes indígenas.
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