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Professor Francisco Jorge dos Santos lança a terceira edição da obra “Além da conquista”

Publicado: Segunda, 05 de Fevereiro de 2024, 10h17 | Última atualização em Terça, 06 de Fevereiro de 2024, 13h41 | Acessos: 972

Solenidade de lançamento foi realizada na manhã do último sábado, 3, na Livraria Nacional

Por Márcia Grana

Equipe Ascom Ufam

O docente aposentado do Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas, professor Francisco Jorge dos Santos, lançou, no último sábado, 3, a terceira edição da obra “Além da conquista - guerras e rebeliões indígenas na Amazônia Pombalina. A solenidade de lançamento ocorreu na Livraria Nacional e contou com a presença de diversos intelectuais da área de Ciências Humanas.

Resistência indígena na Amazônia

Durante seu pronunciamento, o autor destacou que a obra é resultado de sua inquietação acerca da escassa produção intelectual de amazonenses sobre a resistência indígena na Amazônia. “Meu mestrado seria em História Antiga mas, ao assistir a uma mesa redonda sobre a Amazônia fora do estado, mudei de ideia. Fiquei inquieto com aquelas pessoas falando sobre a Amazônia enquanto eu, um amazonense, estudava Latim. Então, eu me dediquei a dissertar sobre a resistência indígena na Amazônia e está aqui a obra em sua terceira edição. Na semana passada, vi um site cobrando 389 reais pela primeira edição deste meu livro. Então, esta terceira edição, que conta com apresentação do professor Mauro César Coelho, chega em tempo oportuno por módicos setenta reais. Espero que esgote rápido”.

Marco historiográfico

Durante a solenidade, professor Auxiliomar Ugarte afirmou que a obra “Além da conquista” é um marco na historiografia amazônica e brasileira. “É com muita satisfação que, escolhido pelo amigo José Maria Mendes, teço alguns comentários sobre o lançamento da terceira edição deste livro do professor Francisco Jorge dos Santos. Em primeiro lugar, quero dizer que somos amigos. Francisco Jorge é meu ex-professor, colega e está aposentado há alguns anos. O livro do professor Jorge é um marco na historiografia amazônica e brasileira porque adentra em uma discussão maior acerca do protagonismo de sociedades ameríndias durante o processo de ocupação europeia, principalmente lusitana, nesta parte da Amazônia. Portugal abocanhou leoninanamente parte desta região que chamamos de Amazônia e esta obra nos aproxima cognitivamente do protagonismo de grupos como os povos Mundurucu e Mura. Aqui está uma contribuição à historiografia. Desejo que esta obra continue a ser lida e a inspirar pesquisadores e que nós, amazônidas, tenhamos o protagonismo intelectual para responder aos desafios que tanto nos incomodam”, discursou professor Ugarte.

Pioneirismo e originalidade

Ao afirmar que o livro Além da Conquista foi o primeiro trabalho feito sobre história indígena e indigenista no Amazonas e sobre o Amazonas, professora Patrícia Melo destacou o pioneirismo e a originalidade da obra. “Só quero fazer dois registros, querido amigo Jorge. Em primeiro lugar, quero chamar a atenção dos jovens pesquisadores e pesquisadoras que o Francisco Jorge escreve o Além da Conquista no momento do nascimento e da consolidação do campo temático de História indígena e indigenismo no Brasil. A década de 1990 assiste à formulação deste campo, sob o protagonismo do professor John Manuel Monteiro, que fez o prefácio da segunda edição do livro do Jorge. A segunda coisa que desejo registrar é que o trabalho do Jorge é absolutamente original e pioneiro. Foi o primeiro trabalho feito sobre história indígena e indigenista no Amazonas sobre o Amazonas, então, eu gostaria de resgatar e ressituar isso. Ele não é mais um trabalho. Ele foi o trabalho inaugural desta linha temática e de pesquisa nas nossas terras da parte norte da Colônia e eu tenho muito orgulho de ter acompanhado todo esse processo do pesquisador dedicado, audacioso, original, consistente e sistemático, que é o professor Francisco Jorge dos Santos. Parabéns, meu amigo, pela terceira edição”, discursou professora Patrícia Melo que, além de colega e amiga do autor, foi a orientadora do doutorado do historiador.

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