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Pró-reitores da Amazônia Legal divulgam Carta da Amazônia com metas para a próxima década

Publicado: Terça, 20 de Outubro de 2020, 11h11 | Última atualização em Terça, 20 de Outubro de 2020, 11h12 | Acessos: 818

Realizado virtualmente nos dias 14, 15 e 16 de outubro, o Encontro de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-Graduação da Região Norte, Amazônia Legal, reuniu as lideranças da área para discutir estratégias de como superar as assimetrias regionais brasileiras. No último dia do evento, os participantes elegeram a Carta da Amazônia como documento base para as ações prioritárias para a região. Ao todo, 28 instituições participaram do evento online.

Com o objetivo de reduzir as diferenças existentes entre as instituições de pesquisa e pós-graduação das cinco regiões do País, com destaque para a região Norte, o Encontro de Pró-reitores da Região Norte, Amazônia Legal abordou maneiras de fortalecer a ciência e a pesquisa locais. “Defendemos que haja um investimento até diferenciado na pesquisa e na pós-graduação da região Norte, que padece há muitos anos por uma segregação. Na verdade, essa região, do ponto de vista da ciência e da tecnologia e mesmo os avanços sociais são poucos, porque o País sempre esteve de costas para a Amazônia. Então, nós estamos trabalhando buscando ainda vencer as assimetrias regionais, melhorar os programas de pós-graduação da nossa região”, comentou a pró-reitora de Pesquisa e Pós-graduação da Ufam, professora Selma Baçal.

Como resultado das discussões, o grupo elaborou a Carta da Amazônia 2020, que estabelece os temas a serem priorizados nos próximos dez anos com a finalidade de melhorar a pesquisa e a pós-graduação da região Norte e Amazônia Legal.  “A Carta da Amazônia foi elaborada e pensada para servir como referência em questões que precisam ser vencidas na próxima década, uma delas é a formação de doutores nas instituições, que ainda há uma carência na Amazônia Legal”, expôs a pró-reitora.

Outros pontos contidos no documento dizem respeito ao programa de atração de pesquisadores sênior, estrangeiros, para a Amazônia Legal; a internacionalização dos programas de pós-graduação da Amazônia; programas de ações afirmativas para as nossas populações tradicionais e povos indígenas; à necessidade de fixação de doutores na Amazônia; ao programa de apoio à infraestrutura de pesquisa para a nossa região.

“Sem contar, para além de todos esses [temas], precisamos tratar com cuidado dos pesquisadores da região Amazônica que são sempre preteridos nas escolhas de bolsa produtividade do CNPq; muitos projetos aprovados no mérito, porém não contemplados por falta de recursos. São sete pontos que temos levantado na Carta da Amazônia que servirá como balizador para o nosso trabalho para a próxima década”, explica a gestora.

Segundo a pró-reitora, o evento foi bem-sucedido tanto no que se refere aos objetivos a serem atingidos quanto ao público participante. “O encontro foi bastante exitoso na medida em que reuniu 28 instituições de ensino, pesquisa e pós-graduação da região Norte, Amazônia Legal. Em três dias reuniu o presidente da Capes, o do CNPq e o do Fórum Nacional de Pró-reitores de Pesquisa e Pós-graduação, além de termos  duas tardes com debates com a Diretoria de Programas e Bolsas da Capes e a Diretoria de Avaliação da Capes, então, o encontro foi coberto de êxito também porque elegemos a Carta da Amazônia como a nossa referência para o trabalho que devemos perseguir para a pesquisa e a pós-graduação daqui durante a próxima década, até 2030”, destacou. “A questão central é ter muito mais doutores proporcionalmente à população que temos na nossa região. Formar ainda recursos humanos de altíssima qualidade para atuar buscando melhorar os indicadores sociais, políticos e econômicos da região Amazônica, uma região rica, que contribui com a nação brasileira enormemente, que é tida mundialmente como celeiro da humanidade, mas que ainda tem problemas sociais, econômicos graves a serem superados, mas para isso precisamos formar e formar muito mais recursos humanos, essa é uma questão que se impõe para a próxima década e para todo o sempre na pesquisa e pós-graduação para o desenvolvimento da Amazônia”, finalizou.

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