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Amazonas - Estudo apresenta os principais dados epidemiológicos da covid -19 nos últimos três meses

Publicado: Quinta, 23 de Julho de 2020, 16h57 | Última atualização em Sexta, 15 de Janeiro de 2021, 14h19 | Acessos: 1908

O artigo intitulado ‘Epidemiologia do novo coronavírus (covid-19) no Amazonas, Brasil’ de autoria do professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Alan Sérgio Mazzari, em parceria com a pós-graduanda  Tammylis Rebouças Monteiro e o professor Daniel Salgado Xavier, ligados à Pós-Graduação em Fisioterapia em Terapia Intensiva Adulto, Pediátrico e Neonatal do IAPES, apresenta, por meio de pesquisa e análise documental, os principais dados epidemiológicos dos últimos três meses sobre a covid-19 no Amazonas. 

Foram analisados 130 boletins diários disponibilizados pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM) em correlação aos dados do censo populacional das cidades do Amazonas viabilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2020) para a obtenção das taxas de incidência, mortalidade e letalidade em todo o estado. De acordo com o professor Alan Sérgio Mazzari, trata-se de uma pesquisa de cunho descritivo, com abordagem quantitativo-qualitativa. 

Com base nos resultados de casos notificados, concluímos que o Amazonas se encontra em uma curva ascendente, em reflexo ao aumento no número de testagem e provavelmente em consequência a flexibilização do distanciamento social e do relaxamento nas adoções de medidas preventivas. Com relação ao número de óbitos e da taxa de letalidade, concluímos que o Amazonas se encontra em uma curva descendente, em reflexo às medidas adotadas pelo governo nos primeiros 86 dias de pandemia, com destaque para o distanciamento social, por meio da quarentena. Lembro, ainda, que este artigo está em processo de avaliação na Revista Sustinere do Instituto de Biologia Roberto Alcantara Gomes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro”, explicou o docente.

O Estudo

A pesquisa aponta que após três meses de pandemia, o estado apresenta 52.849 casos confirmados, 2.363 óbitos, taxa de incidência de 12,72, taxa de mortalidade de 0,570 e taxa de letalidade de 44,71. Em relação aos casos acumulados, as cidades do interior, no dia 19 de maio, ultrapassaram a capital. No dia nove de julho, o Amazonas registrou 81.318 casos acumulados, distribuídos 51.482 pelas cidades do interior e outros 29.836 na capital. 

A 11º semana representou o pico de notificações de novos casos da covid-19 e a partir desse pico as notificações de novos casos do coronavírus começaram a diminuir progressivamente. No entanto, com a flexibilização do distanciamento social e o relaxamento nas adoções de medidas preventivas, como por exemplo, o uso de máscaras e as aglomerações, na 17º e 18º semanas, o número de novos casos voltou a apresentar significativo crescimento. 

No que se refere aos óbitos, foi observado que a oitava semana representou o pico de notificações de óbitos pela covid-19 no Amazonas, e, a partir desse pico as notificações de óbitos começaram a reduzir progressivamente. No entanto, a partir da 12º semana, o número de novos óbitos começou a oscilar entre crescimento e diminuição. 

No período analisado, Manaus foi a cidade com maior taxa de letalidade, 62,68; Coari foi a cidade do interior com mais casos notificados; Manacapuru foi a cidade do interior com mais óbitos e é a cidade com maior taxa de mortalidade, 1,314; Japurá é a cidade com maior taxa de incidência, 107,80; 

No estado, entre os dia 11/04 e 09/07, a taxa de incidência passou de 0,25 para 19,62 ; a taxa de mortalidade passou de 0,051 para 0,720; a taxa de letalidade passou de 52,74 para 36,71. A pesquisa finaliza apontando a necessidade de mais estudos relacionados ao distanciamento social e a epidemiologia da covid-19.

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