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Professor do Instituto de Ciências Exatas (ICE) publica artigos sobre o papel da ciência no combate à pandemia de COVID-19

Publicado: Sexta, 10 de Julho de 2020, 10h15 | Última atualização em Sexta, 15 de Janeiro de 2021, 14h24 | Acessos: 2728

Distanciamento social como remédio para a crise econômica e o papel da ciência e tecnologia no Brasil são os temas das reflexões recém-publicadas

Por Márcia Grana
Equipe Ascom Ufam

 

O professor Wilhelm Alexander Cardoso Steinmetz, do Departamento de Matemática da Universidade Federal do Amazonas (DM/ Ufam), publicou dois artigos sobre o papel da ciência na pandemia da COVID-19.

No primeiro texto, intitulado “O distanciamento social não é causa da crise econômica, mas pelo contrário, pode até ser um remédio”, o autor registra que, em setembro de 2019, um grupo de especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS) havia alertado para o risco de pandemia por um novo coronavírus e recomendou ações urgentes por parte de governos, mas a falta de investimentos do Brasil em ciência e tecnologia levou ao amargo remédio do isolamento social. “Infelizmente, no atual estágio da pandemia no país não há outro remédio além do distanciamento social, mas, em um ponto anterior da pandemia, tínhamos outros caminhos disponíveis. Os problemas na vida se resolvem, muitas vezes, ou com força bruta ou com inteligência. A solução de força bruta é a do distanciamento social; a solução inteligente seria uma baseada em ciência e tecnologia, com um programa de testagem em larga escala na população, implementado ainda nos estágios iniciais da pandemia. Outros países que fizeram isso, como a Alemanha, a Coreia do Sul e a Islândia, estão em uma posição bem melhor agora do que o nosso país.  A testagem em larga escala não foi implementada no Brasil por falta de preparo em termos de investimento tecnológico e científico”, afirma o matemático.

Ciência e soberania 

No segundo texto, intitulado “Covid-19 e o papel da ciência e tecnologia no Brasil”, o pesquisador destaca que a ciência é uma questão de soberania. A ciência é ligada à soberania nacional e, consequentemente, à proteção e ao bem-estar dos seus cidadãos. Durante a Segunda Guerra Mundial, por exemplo, o radar ajudou a avisar a população britânica da chegada dos bombardeios alemães, salvando milhares de vidas. Na época pós-guerra, os investimentos públicos na ciência cresceram muito, mas o Brasil não acompanhou esse movimento, provavelmente, porque o país ainda migrava de uma economia agrícola para uma economia industrial, naquela época. A pesquisa científica de alto nível é essencialmente um fenômeno recente no Brasil. A primeira universidade brasileira foi a Universidade Federal do Amazonas, fundada em 1909. A Universidade de São Paulo, uma das mais bem-conceituadas do país, foi fundada em 1934. Para muitas pessoas, ciência de alto nível ainda é algo que é feito ‘lá fora’, em outros países, mas não aqui, mas isso não corresponde mais à realidade”, enfatiza o professor do ICE.

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