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Nota Técnica aponta hipóteses sobre o descumprimento do distanciamento social na pandemia

Publicado: Sexta, 08 de Maio de 2020, 16h07 | Última atualização em Sexta, 22 de Maio de 2020, 15h41 | Acessos: 3974

Por Irina Coelho
Equipe Ascom Ufam

 

A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) publicou, por meio do  Núcleo de Estudos Multidisciplinares sobre o Setor Público e Políticas de Desenvolvimento na Amazônia (NESPDA), na última quarta-feira, 6, Nota Técnica que traz hipóteses sobre o não cumprimento do distanciamento social durante a pandemia. O material intitulado  ‘Por que as pessoas não respeitam o distanciamento social?’ é de autoria do docente Lucas Sousa e é a primeira Nota Técnica do Núcleo sobre a covid-19. 

De acordo com a publicação, embora haja forte divulgação na mídia a respeito da importância do distanciamento social como forma de prevenção à covid-19, parte significativa da população não está respeitando a recomendação. O professor Lucas Sousa, ligado ao Departamento de Economia e Análise (DEA), explica que para entender esse comportamento não há uma resposta imediata, mas pode-se levantar algumas hipóteses. 

“Sem dúvida, o aumento do número de casos confirmados e de óbitos por covid-19 foram um dos fatores que levaram a escrever essa Nota. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o distanciamento social é uma das principais formas de prevenir a transmissão do vírus. No entanto, nos últimos dias, observou-se em várias cidades e estados uma redução no grau de distanciamento. Encontrar as respostas para essa contradição e as possíveis soluções são justamente a relevância do tema’, enfatiza.

As hipóteses levantadas incluem preferência pelo status quo; fake news; discurso e opinião dos tomadores de decisão; viés do indivíduo não identificado; paradoxo do isolamento social e condições socioeconômicas da população. O docente lembra ainda da relevância das ações dos agentes tomadores de decisões. 

“Na publicação, eu aponto as possíveis soluções das hipóteses levantadas. No entanto, como muitas delas podem levar tempo para surtir efeito, e estamos numa situação de emergência, foi sugerido a multa como um mecanismo de coordenação de incentivos, que pode levar ao efeito desejado em curtíssimo prazo. Um dos princípios básicos da economia é que os indivíduos são movidos a incentivos, e o principal deles é o preço. Quando o preço de uma mercadoria sobe, as pessoas compram menos. O preço do descumprimento do distanciamento social é a multa. Em outras palavras, quando “dói no bolso”, as pessoas tendem a pensar duas vezes antes violar determinada norma. As multas inclusive foram adotadas em países europeus como forma de garantir o distanciamento social. Evidentemente, não basta a multa, tem que haver fiscalização. Não adianta haver punição se a probabilidade de ser pego violando a norma é nula”, esclarece. 

A Nota Técnica faz parte do primeiro volume de publicações Departamento de Economia e Análise (DEA). Nas próximas semanas, haverá uma série de publicações com foco nos efeitos socioeconômicos da pandemia de covid-19 no Estado do Amazonas.

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