Docente do ISB/Ufam participa de Encontro Nacional sobre Segurança Alimentar

• Publicado: Sexta, 10 de Junho de 2022, 15h32
• Última atualização em Sexta, 10 de Junho de 2022, 23h02
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Por Juscelino Simões

Equipe Ascom

A docente do curso de Nutrição do Instituto de Saúde e Biotecnologia da Universidade Federal do Amazonas (ISB/Ufam), Mayline Menezes da Mata, participou, junto a outros pesquisadores Hugo Melgar Quinoñez, (McGill University-Montreal, Canadá);  Teresa Shamah Levy (Centro de Investigaciones en Evaluacion y Encuestas del Insiuto Nacional de Salud Pública do México); Sara Eloisa del Castillo Matamoros, (Universidad Nacional de Colombia); Maria Angélica Tavares de Medeiros (Universidade Federal do Amazonas), da atividade autogestionada - Insegurança Hídrica & Insegurança Alimentar em perspectiva internacional e nacional: métodos, resultados e aprendizagens no V Encontro Nacional de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, relatando sua experiência da pesquisa de doutorado intitulada Insegurança Hídrica & Insegurança alimentar em um município do Médio Amazonas metodologias, resultados, aprendizagens.

O evento internacional ocorreu nesta semana em formato virtual e contou com a apresentação da docente do ISB. Sua pesquisa de doutorado inova na aplicação da "Household Water Insecurity Experiences (HWISE)" Escala de Experiência de Insegurança Hídrica Domiciliar e da Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), os resultados parciais apontaram prevalências importantes de insegurança hídrica domiciliar e de insegurança alimentar. Além disso, a prevalência de insegurança hídrica foi maior em domicílios com maior grau de insegurança alimentar.

A Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN) apresentou à sociedade brasileira os resultados do II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II VIGISAN), cumprindo com o compromisso de contribuir para o conhecimento e o debate cientificamente fundamentado da realidade social do país no que se refere à Segurança Alimentar (SA) da população. A relevância dessa contribuição é ainda maior em face da ausência de pesquisas oficiais com a frequência requerida para o monitoramento desta que é condição central de uma vida digna e saudável. 

Na quarta-feira, 8, foi apresentado a segunda edição, do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil (II VIGISAN) que analisa dados coletados entre novembro de 2021 e abril de 2022, a partir da realização de entrevistas em 12,75 mil domicílios, em áreas urbanas e rurais de 577 municípios, distribuídos nos 26 estados e Distrito Federal. A Segurança Alimentar e a Insegurança Alimentar foram medidas pela Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia).

Cerca de 33,1 milhões de Brasileiros estão passando fome, mais da metade da população do país — 125,2 milhões de pessoas — vive com algum grau de insegurança alimentar e as formas mais severas de insegurança alimentar (moderada ou grave) atingem fatias maiores da população nas regiões Norte (45,2%) e Nordeste (38,4%).

“A interiorização da pesquisa no Amazonas é desafiadora, por outro lado, permite a produção de evidências sobre os modos de vida e sobrevivência dessas populações até então invisibilizadas, uma vez que pesquisas nacionais não alcançam essas localidades”, afirmou a docente do ISB, Mayline Menezes da Mata.