Ufam inicia ações do projeto “Tipiti”, aprovado pelo CNPq, para promover letramento digital e educação científica
Na próxima terça, 23 de setembro, será lançado o Programa Mais Ciência na Escola Amazonas, do qual o Projeto Tipiti faz parte, no Centro de Convivência da Ufam, localizado no Setor Norte do Campus Sede
O tipiti é uma experiência coletiva cuja construção ocorre em espaços e tempos que permitem integrar saberes e compartilhar práticas. Ancorado no conceito do artefato ancestral indígena e ribeirinho usado na produção artesanal de farinha de mandioca, o projeto “Tecer saberes e integrar tecnologias nas escolas do Amazonas” foi aprovado na chamada pública do Programa Mais Ciência na Escola de 2024 para ser desenvolvido pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O Programa Mais Ciência na Escola Amazonas, ao qual está vinculado o projeto Tipiti, será lançado na próxima terca, 23, no Centro de Convivência do Setor Norte da Ufam.
Financiando com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), o Tipiti foi selecionado pelo edital n. 013/2024 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para ser executado sob a gerência da Ufam e em parceria com escolas das redes públicas de ensino do estado e de municípios do Amazonas. A colaboração institucional é viabilizada por intermédio da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc) e das secretarias municipais onde haverá atividades do projeto.
Ao todo, o projeto alcança 30 escolas dos ensinos fundamental e médio (estaduais e municipais), incluindo aquelas em áreas indígenas, localizadas nos municípios de Manaus, Itacoatiara, Humaitá, Coari, Lábrea, Iranduba, Tabatinga, Borba, Manicoré, Manacapuru, Novo Airão e Urucará. Para atender a esse público, a equipe conta com 15 professores doutores, dez graduandos, dez pós-graduandos, 30 professores das redes estadual e municipais e 300 estudantes beneficiados.
O projeto está sob a coordenação institucional da professora Fabiane Maia Garcia, ligada à Faculdade de Educação (Faced). Além da professora Fabiane Maia, o Tipiti conta com a assessoria da professora Estrela Dinamar Vinente Santarém e dos estudantes Andrews Matheus Fernandes Braga e Kamila Oliveira dos Santos.
Proposta de intervenção
O objetivo traçado para o Tipiti é apoiar o desenvolvimento de processos formativos capazes de assegurar práticas continuadas que disseminem o letramento digital e a educação científica na educação básica pelo uso da metodologia chamada Steam (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática).
Segundo esclarece a professora Estrela Santarém, isso é parte do fortalecimento das políticas públicas voltadas ao modelo de Educação em Tempo Integral, e vem como oportunidade para se desenvolver competências e habilidades relacionadas a conhecimentos na área de ciência e tecnologia. Além disso, “as ações se baseiam na inclusão produtiva e no uso pedagógico de tecnologias digitais nas escolas de alguns municípios do Amazonas”, informa.
“O projeto Tipiti tem inspiração em nossa ancestralidade, ao integrar e experimentar os saberes, teçumes e redes presentes em um processo formativo como no tipiti. O desenho metodológico se pauta nessa construção, pois busca integrar as unidades acadêmicas da Ufam localizadas fora da sede, promovendo ações de extensão para que se desenvolvam propostas coletivas entre quem ensina e quem aprende, numa via de mão dupla em que eles interagem com seus saberes, tempos e forças [...]. É assim que ocorre o tecimento do tipiti”, revela a professora Estrela Santarém.
O projeto Tipiti possui cinco subprojetos, os quais são desenvolvidos por núcleo. A seguir, são indicados os títulos de cada um deles, bem como os respectivos núcleos, coordenadores/as e escolas atendidas por subprojeto:
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