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Campus de São Gabriel da Cachoeira - Primeiro curso do novo campus será em Licenciatura em Formação de Professores Indígenas (FPI)

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Na tarde da última quinta-feira, 24 de julho, a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio das Pró-Reitorias de Extensão (Proext), Ensino de Graduação (Proeg) e Prefeitura do Campus (PCU), em reunião com a Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro, Secretaria Municipal de Educação do município de São Gabriel da Cachoeira e Instituto Federal do Amazonas e Universidade do Estado do Amazonas, apresentou o Projeto Pedagógico do primeiro curso do campus de São Gabriel da Cachoeira. O curso será em Licenciatura em Formação de Professores Indígenas (FPI) e a proposta vai ser encaminhada ao Ministério da Educação (MEC). 

O encontro teve o objetivo de comunicar o andamento do processo licitatório para a construção do novo campus, apresentar  proposta de curso que foi validada e aceita pelas lideranças e pela comunidade de São Gabriel da Cachoeira e pactuar o cronograma de trabalho. De acordo com a pró-reitora da Proext, professora Flávia Melo, o cronograma inclui, no segundo semestre de 2025, a partir do mês de agosto, a realização de audiências públicas na cidade de São Gabriel da Cachoeira para a escolha dos outros cursos que serão implementados no futuro campus e a realização do primeiro vestibular indígena da Ufam, que deve ocorrer ao longo do primeiro semestre de 2026. A implementação dos cursos, propriamente dito, com o ingresso da primeira turma de estudantes no novo campus, está prevista para o segundo semestre de 2026.

“Além do trabalho conjunto da Administração Superior, com a participação do vice-reitor, professor Geone Maia, a Proext, a Proeg e a PCU, a proposta do curso de Licenciatura em Formação de Professores Indígenas (FPI), que será apresentada no MEC, só foi possível por causa da cessão do projeto pedagógico do curso Licenciatura em Formação de Professores Indígenas, vinculado ao Departamento de Educação Escolar Indígena da Faculdade de Educação da Ufam, em Manaus”, explicou a pró-reitora de Ensino e Graduação, professora Sílvia Conde. Esse curso, ligado à Faced/Ufam, obteve a nota máxima na última avaliação no Ministério da Educação. 

Sobre o curso Licenciatura em Formação de Professores Indígenas 

É uma Licenciatura presencial modular, com turno integral e carga horária total de 4.000 horas. Ao todo, serão 60 vagas por turma (20 por área) e o objetivo é  formar, em nível superior, de acordo com a perspectiva intercultural crítica, interdisciplinar e voltada ao fortalecimento cultural e linguístico, professores indígenas preparados para atuarem nos Anos Finais do Ensino Fundamental e no Ensino Médio nas áreas de: Ciências Humanas e Sociais; Ciências da Natureza; e Linguagens; e na gestão escolar indígena. Além disso, outros espaços de atuação do discente formado no curso Licenciatura em Formação de Professores Indígenas são: movimentos sociais, associações e fóruns; gestão educacional municipal; pós-graduação em diversas áreas. 

Política Nacional de Educação Escolar Indígena   

Na mesma data, o Governo Federal lançou um conjunto de políticas públicas e ações para a melhoria da educação indígena e quilombola. A cerimônia foi realizada durante o I Encontro Regional de Educação Escolar Quilombola do Sudeste, em Minas Novas, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Um dos destaques foi o anúncio do investimento de R$1,17 bilhão pelo governo federal para a construção de 249 novas escolas voltadas a comunidades indígenas e quilombolas, no âmbito do Novo PAC, além de 22 obras emergenciais em escolas dos territórios Yanomami e Ye'Kwana.

Por meio da implementação da Política Nacional dos Territórios Etnoeducacionais, orientada pelo Decreto nº 6.861/2009, a Política Nacional de Educação Escolar Indígena promove a organização e a oferta de qualidade da educação escolar indígena, bilíngue, multilíngue, específica, diferenciada e intercultural, com respeito às especificidades e organizações etnoterritoriais dos povos indígenas. 

No âmbito da Educação Superior, o Ministério da Educação (MEC), dia 23 de julho, por meio da Portaria MEC Nº536, instituiu Grupo de Trabalho (GT) com a finalidade de subsidiar a formulação da proposta de criação e implementação da Universidade Indígena. O GT deverá considerar as contribuições sistematizadas em seminários de escuta promovidos com os povos indígenas, realizados em distintas regiões do território nacional. 

Para a Diretora do Departamento de Políticas Afirmativas (DPA), Danielle Munduruku, a data deve ser celebrada como um dia histórico pois valida a luta de todo o movimento indígena organizado e o compromisso da atual gestão da Ufam em sua proposta de construir juntos uma Ufam mais indígena. "O campus da Ufam em São Gabriel da Cachoeira é um importante passo para dialogarmos com a proposta de Universidade Indígena que tanto desejamos", finalizou a diretora.






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