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Grupo de pesquisadores do Departamento de Ciências Florestais da Ufam apresenta mais de 20 trabalhos durante Congresso Mundial de Florestas

  • Publicado: Segunda, 07 de Outubro de 2019, 11h56
  • Última atualização em Sexta, 05 de Junho de 2020, 10h08
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Evento foi realizado pela primeira vez no Brasil, de 29 de setembro a 5 de outubro, em Curitiba, Paraná

 

Por Márcia Grana

Equipe Ascom Ufam

Docentes e alunos do Departamento de Ciências Florestais da Ufam e pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais da Universidade (PPGCIFA/Ufam) apresentaram, de 29 de setembro a 4 de outubro, mais de vinte pesquisas durante o Congresso Mundial de Florestas, realizado em Curitiba, Paraná.

Primeira vez no Brasil

Foi a primeira vez que o evento foi realizado no Brasil. O professor do Departamento de Ciências Florestais Joberto Veloso Freitas relata que a proposta de o Congresso ser realizado no Brasil foi vencedora num processo bastante competitivo. “Em 2013 o Serviço Florestal Brasileiro e a Embrapa apresentaram uma proposta para que o congresso mundial fosse realizado no Brasil, em Curitiba-PR. A proposta foi a vencedora de um processo onde competiam também a Suécia e uma proposta multinacional de Alemanha, Suíça e França. A proposta brasileira contava com o apoio de mais de 30 instituições e Universidades, dentre as quais a UFAM. Dentre os fatores que contribuíram para que o Brasil fosse o vencedor estavam o fato do congresso nunca ter sido realizado na América Latina antes e do Brasil apresentar grandes avanços na área florestal, com a redução do desmatamento, as florestas plantadas de grande produtividade e nível técnico, a implementação do inventário florestal nacional, projetos de restauração florestal e a diversidade de florestas existentes nos diferentes biomas brasileiros”, afirma o pesquisador, que atualmente está à disposição do Serviço Florestal Brasileiro.

 Produção científica de qualidade

O docente da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) e coordenador do PPGCIFA, professor Rogério Fonseca, ressalta a qualidade da produção científica apresentada pela Universidade Federal do Amazonas durante o evento. “Acredito que por estarmos na Amazônia, para onde o mundo volta o olhar neste momento, os trabalhos apresentados pela Ufam foram bastante prestigiados. Uma das pesquisas apresentadas abordou a gestão de florestas associadas a recursos hídricos e a incêndios, oportunidade em que também fizemos um resgate histórico da criação de áreas protegidas, sendo o Brasil o primeiro país da América a criar área protegida (Floresta da Tijuca e das Paineiras), mas isso nunca é relatado da forma como deveria. Geralmente, citam apenas os parques estadunidenses (Yellowstone) como tal marco histórico” ressaltou o pesquisador, referindo-se ao trabalho orientado por ele “Dos irmãos Wright à Santos Dumont, de Yellowstone à Tijuca” - Brasil um coadjuvante ou protagonista na história das áreas protegidas do continente americano?”, de autoria  das alunas egressas da Ufam Mônica Barbosa e Jenna Gomes de Souza.

Outros trabalhos apresentados pela Ufam foram “Parâmetros genéticos em caracteres de sementes de Stryphnodendron pulcherrimum sob diferentes níveis de temperatura”; “A conservação dos rios amazônicos baseada em mecanismos de avaliação econômica” e “Governança da água na região amazônica – percepção das vulnerabilidades de bacias hidrográficas brasileiras”.

Conhecimentos compartilhados

A recém-egressa da Ufam Julie Alves da Silva e a graduanda de Engenharia Florestal Lauana Silva Costa apresentaram o trabalho “Mudanças climáticas, desenvolvimento insustentável, focos de calor e incêndios florestais – o real motivo de a Amazônia pegar fogo”. “Apresentar um trabalho a respeito dos incêndios florestais na Amazônia em um congresso mundial, em um momento onde o mesmo tem sido alvo dos olhos do mundo foi crucial para disseminar a ciência feita no Norte e mostrar a nossa realidade”, declarou a pesquisadora Julie Alves.

A professora Norma Cecilia Rodriguez Bustamante apresentou quatro trabalhos de autoria de seus orientandos da graduação e da pós-graduação durante o Congresso, entre eles “Abundância e Diversidade de Coleópteros em Áreas de Floresta Antropizada e Remanescente Florestal no Setor Sul da Universidade Federal do Amazonas” e “Divisão de trabalho de cupins da espécie Nasutitermes corniger no Campus da Universidade Federal do Amazonas”. “Foi uma experiência única, a primeira vez em que participo de um evento internacional. Com certeza, foi uma excelente oportunidade para mostrar as pesquisas realizadas pelos alunos e orientadores da Universidade Federal do Amazonas”, declarou a docente.

Sobre a IUFRO

A União Internacional de Organizações de Pesquisa Florestal (IUFRO, em inglês), foi criada em 1892 e, desde 1893, realiza o seu congresso mundial de pesquisa. Ela é a única organização que atua em pesquisa florestal em nível global, por meio de uma rede de mais de 700 instituições de pesquisa, serviços florestais, organizações governamentais e não governamentais. A IUFRO conta com cerca de 260 grupos de pesquisa, organizados em 9 divisões de pesquisa que abrangem praticamente todos assuntos relacionados à Engenharia Florestal e às questões que permeiam a concorrida temática das florestas nos dias de hoje. A cada ano são realizadas cerca de 70 reuniões técnicas, como simpósios, seminários, congressos temáticas e regionais, no âmbito da organização.

A próxima edição do Congresso da IUFRO será realizada em Estocolmo, Suécia, em 2024.

 

 

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