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Primeira colheita de café da Fazenda Experimental da Ufam é celebrada em campo

  • Publicado: Terça, 18 de Maio de 2021, 16h31
  • Última atualização em Sexta, 28 de Maio de 2021, 10h17
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Pesquisa com 15 clones englobou desenvolvimento de pesquisas em Manaus, Itacoatiara e Humaitá e contou com a parceria da Embrapa Rondônia, Embrapa Amazônia Ocidental e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam)

 

Por Carla Santos
Equipe Ascom Ufam

 

O primeiro hectare de café da Universidade Federal do Amazonas, em área cultivada na Fazenda Experimental, já começou a ser colhido. O experimento, que traz resultados após pouco mais de dois anos, foi celebrado em solenidade de campo, na manhã desta segunda-feira, na presença do reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, pesquisadores da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) e Faexp, bem como órgãos dos setores primários, estadual e federal convidados para o evento.
O projeto se dá em parceria com a Embrapa Rondônia, Embrapa Amazônia Ocidental e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) com três ensaios de avaliação para o desempenho de clones de Coffea canephora, em Manaus, Itacoatiara e Humaitá.

Os melhores tipos de sementes para o plantio estão sendo selecionados com o intuito de eleger os que têm maior escala de adaptabilidade. Ao término do projeto, Ufam e órgãos parceiros transferem a tecnologia, o conhecimento e o trato com a colheita para os produtores e estes desenvolvem a cultura. Além de consideravelmente rentável, o plantio de café é livre da utilização de agrotóxicos e sustentável.

Seguindo a programação da solenidade do evento, o reitor presidiu a mesa acompanhado dos representantes da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e, ainda, da Agência de Fomento do Estado do Amazonas (Afeam) e Secretaria de Produção Rural (Sepror).

Albejamere empresa alterar uma dinamização tanto na cadeia de produção do café na nossa região amazônica e realmente há muito interesse em relação a isso, desenvolver essa cadeia de produção e consequentemente uma cadeia muito importante que é a nossa de fibra das várzeas amazônicas então muito obrigado, tenha um bom dia e uma boa pratica de campo em relação a colheita do café. Obrigado vocês.

O engenheiro agrônomo Heitor Liberato, que representou a Sepror, parabenizou a Ufam e a Embrapa pelos resultados do trabalho e disse que acertadamente, as pesquisas em café são de maneira acertada um campo promissor. “Elegemos 21 culturas prioritárias para o nosso estado e o café está entre as selecionadas. Estamos estruturando a assistência no primeiro setor com o objetivo de dar suporte aos produtores para que mais gente possa produzir”, revelou.

Pelo Idam, a técnica Ana Cecília, se pronunciou trazendo em parte, experiências pessoais em campo. “Eu ouvia relatos de quem não acreditava na possibilidade de solo fértil para o café e a gente vê que, sim, é possível. É claro que tem que ter alguns estudos, saber quais são as variedades adaptáveis à região, entre outros pontos, mas aqui já temos uma realidade, um resultado bastante positivo”, observou. Segundo ela, o Idam levará o plantio de café para 13 municípios, em 200 hectares de plantio. “Vamos buscar fortalecer a produção, para quem sabe, a Ufam ser uma unidade a integrar o Centro Amazônico do Café, que está nos nossos planos”, vislumbrou.

A Embrapa foi representada por Everton Rabelo Cordeiro e Edson Barcelos. Everton, que é chefe geral da Embrapa Amazônia Ocidental descreveu a ação do órgão. “Nós temos 43 unidade no Brasil, e o que a gente quer, são tecnologias que cheguem ao produtor rural. Essa é a nossa motivação. Queremos que os produtores tenham a certeza de suas colheitas, mas que também pensem na diminuição dos impactos causados ao meio ambiente. São pesquisas como estas aqui que a gente acredita, trarão outros setores como parceiros”.

Para a Suframa, representada por Fábio Calderaro, o modelo econômico já constituído na região, o da Zona Franca, não impede a integração com outras cadeias produtivas que são endógenas da região. “Existe uma série de barreiras e você precisa de um arcabouço científico-tecnológico para que consiga vencê-las, ganhando escopo num projeto e depois escala. Por isso que acho que isso é um marco importante este, que acontece hoje. É da coragem de projetos audaciosos que vamos vencendo barreiras. Para finalizar, parabenizo todos os integrantes desse projeto, a Ufam, a Embrapa, a Fapeam e a Afeam, que financiaram o projeto, a gente tava vendo no caminho e encontramos o papel das agências de fomento e dos bancos públicos, porque no Brasil e em qualquer lugar do mundo, quem torna o risco tecnológico, no primeiro momento, são os recursos públicos”, frisou.

Encerrando o momento importante para a Ufam, que precedeu visita em campo, o reitor Sylvio Puga fez um relato histórico sobre o café, ícone da nossa República e produto principal da nossa economia entre 1894 e 1930. “Nós estamos fazendo um resgate histórico e de tradição na Amazônia, que foi perdida. A retomada dessa cultura, baseada em estudos e recursos públicos é muito importante e trará grandes alegrias para nós. Particularmente, porque é um projeto da Ufam, sendo executado na Fazenda Experimental, onde há campo para tantas possibilidades. Agradeço aqui aos nossos parceiros institucionais, sem os quais seria impossível avançarmos e celebrarmos. Vamos agora lançar a sementinha de café que, certamente, irá prosperar”, finalizou.
Na oportunidade, fez reconhecimento público à pesquisadora responsável pelo projeto, professora Maria Teresa Gomes Lopes, a quem estendeu as congratulações à equipe, que reúne agricultores, outros pesquisadores do IEAA (em Humaitá) e Icet (Itacoatiara) e estudantes. Reiterou o reconhecimento também à gestora da Fazenda Experimental, Albejamere Pereira e ao chefe de gabinete, professor Almir Liberato. Recentemente, a via de acesso à Faexp foi asfaltada, possibilitando pleno desenvolvimento das pesquisas em campo.

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