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Luís Balkar Pinheiro defende Memorial Acadêmico e é promovido a professor titular

Publicado: Segunda, 19 de Agosto de 2019, 11h03 | Última atualização em Segunda, 19 de Agosto de 2019, 15h17 | Acessos: 1544

Sebastião de Oliveira
Equipe Ascom Ufam

Ao parafrasear toda conduta e dedicação à Universidade Federal do Amazonas (Ufam), o professor Luís Balkar Pinheiro, em defesa de Memorial Acadêmico, resumiu sua vida acadêmica na seguinte frase: “Fiz da História a minha segunda pele, fiz da Ufam a minha segunda casa”. A defesa pública marcou a promoção para professor titular e aconteceu na última sexta-feira, 16, no auditório Rio Negro, do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), Setor Norte do Campus Universitário.

A Comissão Avaliadora, presidida pelo professor Ernesto Renan Freitas Pinto (Ufam), estava composta pelos professores: Maria Izilda Santos Matos, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Maria de Nazaré dos Santos Sarges, da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Reginaldo Gomes de Oliveira, da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

Trajetória

O Memorial Acadêmico, de 250 páginas, apresentou uma trajetória de vivências adquiridas em quase 30 anos voltados à Instituição, no âmbito do ensino, da pesquisa, da extensão e da gestão. Para o docente, essa trajetória é impressa por circunstâncias comuns, como acontece em qualquer outra universidade brasileira, mas considerou importante esse fato, por acreditar nesse momento consagrado ao profissional acadêmico que se dedicou com exclusividade ao campo do conhecimento. “O melhor de toda a trajetória foi poder ter usado, o conhecimento adquirido enquanto professor e pesquisador para contribuir com os meus pares, colegas, alunos e a própria instituição. Então é muito gratificante perceber que ao longo da vida houve uma dedicação à Instituição assim como poder colaborar com a ciência, dando vazão àquela missão da Universidade”, disse.

“Os concursos realizados para professor titular nos permitem exatamente isso, perceber essas trajetórias de vida que antes não tinham valorização merecida. E penso que chegou o momento de minha vida que não é o último e que nem se fecha para o encerramento de trabalhos na Ufam, mas é um momento bom para avaliar essa trajetória e, assim como eu e tantos outros professores que se aposentaram com uma trajetória brilhante na Universidade, os quais nunca tiveram a oportunidade como essa de serem reconhecidos por meio desse mecanismo que faz uma avaliação integral da atuação do professor”, completou.

Pesquisador

Dentre as inúmeras publicações de pesquisa desenvolvidas no percurso do magistério superior, Luís Balkar Pinheiro deu destaque na defesa do memorial à obra “Visões da Cabanagem: uma revolta popular e suas representações na historiografia”, na qual apresenta um balanço da produção historiográfica na Amazônia e considera um importante movimento libertador e popular revolucionário da história brasileira. Para ele, o papel da Universidade é fundamental na produção do conhecimento e somente por meio dele se pode agregar valor à sociedade e ajudá-la a encontrar soluções de seus problemas. “Produção de novos conhecimentos se faz com pesquisa. Como em todas outras áreas, a pesquisa é trabalhosa, no nosso caso, temos que percorrer arquivos e gastar horas para trazer informações que vão consubstanciar novos conhecimentos que a sociedade demanda”, relatou.

Para ele, a formação de pesquisadores, significa multiplicar as cabeças pensantes que vão ajudar a sociedade. “O professor pesquisador agrega valor com a pesquisa específica, mas também é um multiplicador, repassando o conhecimento que recebeu de sua formação. O pesquisador repassa aos alunos da graduação e da pós-graduação o conhecimento que por sua vez, pois, estes irão contribuir a partir do estudo de outras temáticas que também são preocupações da sociedade”, completou. 

Gestor

Luis Balkar Pinheiro pensa que, ao assumir cargos administrativos, o professor nem sempre encontra facilidades. Na condição de professor, segundo ele, a tarefa precípua é o ensino, a pesquisa e a extensão. No entanto, “nem todos têm o dom de ser um bom administrador”, comentou. Para ele, é tarefa fundamental, porque acredita que é preciso pensar a Universidade sob o ponto de vista administrativo para que a instituição seja grande para que produza o conhecimento necessário nas dimensões que a sociedade precisa.

O professor, que administrou o Museu Amazônico, acredita que, durante seu período como gestor, contribuiu para fazer dele, enquanto espaço de diálogo, um ambiente com maior visibilidade da produção desenvolvida pela Universidade, nas diversas áreas de conhecimento como História, Antropologia, Arquivologia e outras que são desconhecidas pela sociedade. “Pelas ações museais, exposições, mostras, nós levávamos um pouco desse conhecimento a um público maior”, disse o docente. 

“Seja como professor, como pesquisador ou gestor a nossa tarefa é importante, no momento em que as instituições universitárias, centro de ciências, agências de fomento se vêem ameaçadas pela política atual em que estamos sendo colocados, há um cenário de ausência de políticas públicas voltadas para valorização da pesquisa e da educação. Nós vemos um desmonte em todas essas instituições e isso nos entristece bastante. É preciso lutar contra tudo isso e fortalecer a Universidade nos seus múltiplos aspectos. Espero que com minha vivência acadêmica possa ter contribuído para isso”, finalizou o professor.             

          

 

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