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Herbário da Ufam comemora 40 anos

Publicado: Quarta, 11 de Dezembro de 2019, 09h47 | Última atualização em Quarta, 11 de Dezembro de 2019, 12h28 | Acessos: 2249

Por Irina Coelho
Equipe Ascom Ufam

O Herbário da Universidade Federal do Amazonas (Huam), em 2019, comemora 40 anos e durante este período foram mais de 12 mil exemplares da flora brasileira catalogados, registrados e conservados na coleção botânica da Universidade. Andiroba, copaíba, louro-seda, cerveja de índio, laranjinha, orquídeas são exemplos de plantas pertencentes ao acervo da Universidade.

Os herbários são coleções científicas de plantas desidratadas que servem para identificar, documentar e conservar a diversidade vegetal de uma área. Eles permitem o registro local e temporal, que são a base de diversos estudos botânicos, atividades de conservação e licenciamento ambiental. A gestão inclui a coleta de material, secagem, prensagem, montagem, informatização e etiquetamento das espécies.

A curadora, servidora Maria Rosalba da Costa Bilby, explica que as amostras desidratadas são chamadas de exsicatas. “As exsicatas são produzidas a partir das amostras de plantas, depois de coletada, em um processo que envolve prensagem do material e em seguida a secagem numa estufa. A fase seguinte é a fixação da amostra em uma cartolina, acompanhada de uma etiqueta com informações sobre o vegetal, incluindo o local de coleta. A preocupação seguinte e constante é com a manutenção, aclimatação e expurgos do acervo”, esclarece.

A docente Maria Anália de Sousa informa que a coleção é composta, principalmente, por Angiospermas, mas também tem Briófitas, Licófitas e Pteridófitas. “O Herbário da Ufam tem fins didáticos, sendo uma ferramenta utilizada no ensino de botânica, que aborda as plantas do ponto de vista morfológico, anatômico e sistemático. É, também, relevante para a pesquisa, pois trata-se do fiel depositário de todas as pesquisas que utilizam a flora e precisam do registro da planta para publicações. Por fim, serve aos licenciamentos e consultorias que a Universidade presta para a sociedade”, diz.      

A coleção está credenciada como Instituição Fiel Depositária junto ao Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (Cgen) e é relacionada ao Departamento de Gestão do Patrimônio Genético e Conhecimentos Tradicionais da Pró-Reitoria de Inovação Tecnológica da Ufam (Protec/Ufam).

Comemoração

A comemoração dos 40 anos do Huam ocorreu, no último dia 29, com palestras, oficinas, mostras de artes científicas, mostras das memórias do Herbário e plantio de muda. Na oportunidade, o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, destacou o caráter interdisciplinar do Herbário.

“O Huam atende oito cursos de graduação, cursos de pós-graduações e a sociedade civil, em casos de licenciamentos e consultorias. A continuidade deste trabalho, feito há 40 anos, mostra o compromisso e o cuidado da Ufam com esta ferramenta estratégica para conservação da biodiversidade amazônica”, conta.

O Huam apoia projetos coordenados pelos professores da área de botânica e para auxiliar, didaticamente, as disciplinas ministradas para os cursos de Ciências Biológicas, Ciências Naturais, Engenharia Florestal, Agronomia, Farmácia, Engenharia de Pesca, Geologia, Química e alunos dos cursos de pós-graduação da Ufam que desejam depositar o testemunho dos seus trabalhos científicos.

Histórico do Huam

Foi fundado em consequência das coletas realizadas no projeto ‘Levantamento Fitossociológico na Estação Ecológica de Anavilhanas, no Amazonas, e Ilha de Maracá, em Roraima’ com o apoio do convênio Fua/Inpa/Subim, sob a coordenação do professor Alberto Knob e colaboração das servidoras Otávia Cunha dos Santos e Maria Rosalba da Costa Bilby, em novembro de 1979.

A primeira planta registrada foi um arbusto chamado Clitoria amazonum Mart., em 22 de agosto de 1980, coletada na Estação Ecológica de Anavilhanas. A curadora e bióloga do Huam, Maria Rosalba da Costa Bilby, estava presente na primeira expedição e conta sobre os anos de experiência dentro do Herbário.

“Aprendi muito ao longo de todos estes anos trabalhando no Herbário. Foram muitas excursões, desde a primeira. Cada local de coleta é um aprendizado e é assim que vamos nos aperfeiçoando nas técnicas de colheita e melhorando a coleção. Hoje, nosso maior desafio está relacionado a conservação do material, com expurgos a cada seis meses”, conta.

Na outra ponta, a servidora mais recente do Herbário, a bióloga Deisy Saraiva, fala do processo de organização do espaço. “O nosso desafio é oferecer a comunidade acadêmica um espaço de interesse para pesquisa. Aqui, temos um material muito rico que pode ser estudado, inclusive, com espécies novas, famílias que podem ser pesquisadas. A meta, agora, é digitalizar toda a coleção para disponibilizar online no sistema mundial de herbários”, finaliza.    

 

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